sábado, 27 de novembro de 2010

Armadilha

Foge
Poetas são armadilhas
Poços sem fundo
De onde nunca vais sair
Corre pois os olhos de um poeta são buracos negros
Sua boca alçapão
O corpo do poeta se faz de areia movediça
Te suga pra dentro
O coração de um poeta é como sala secreta
Você entra e só sente que está preso
No momento derradeiro em que a porta se fecha
Em suas costas
Corre
Poetas são vulcões adormecidos
São fendas profundas no mar de solidão
Deverias correr
Mas já não podes mais
A porta ja fechou
E o que te resta é estar
Dentro do coração do poeta
Juntos numa mesma armadilha
Não querendo tirar o pé antes do click.

Gabriela Tavares
27/11 - 02:28


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