terça-feira, 23 de agosto de 2011

Poemas esquecidos no celular 1

A aurora se aproxima
E mais uma vez
Insone
A noite amada se transforma em dia
Mais uma noite dedicada
Ao trabalhoso ato de te conhecer
E de me fazer conhecer por você
Meu amor
Em todas as minhas fraquezas
Que misturadas com as suas
Se tornam a força que sempre
Nos empurra
Um ao encontro do outro.
10/01



Atividade que não passa
Em noites febris
Onde ardia
Minha alma
De ira
Mágoa
Aceitação
É assim quando se ama.
11/01



Silêncio
Que explode em meus ouvidos
Emudesse minha boca
Além de qualquer tentativa
De som
Meus olhos mortos são janelas para o infinito
Vácuo do negrume de uma alma esvasiada
Conscientemente
Por um não poder sentir
Laços com a realidade cortados
Remendados
Ao mesmo tempo
Que mortos
Meus olhos se erguem
Para olhar os seus.
11/01



E o que sobra da noite na praia?
Do céu nublado com rasgos de lua?
se tivesse que dizer
Diria
Que o que sobrou foram os dois amantes
se beijaram naquela praia
debaixo daquele céu
e se as estrelas não foram testemunhas
Que culpem as nuvens
pois a lua viu
e também viram essas nuvens egoistas.
Aonde foram os amantes?
18/01

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

"Retrato em Preto e Branco"

Fico carregando sua foto comigo
Não porque ela é sua
Mas porque ela me lembra de momentos melhores
E também me lembra
Que tudo acaba.

08/08

Escrevendo numa madrugada

Eu tenho esse amor por dentro
Que não sei onde colocar.

O que eu faço com isso?
O que eu faço com eles?

 
Todos esses homens que eu amei e que não saem de mim. Por que eles não levaram o amor que lhes cabia quando se foram? Por que eu não dei meu amor por eles quando eu parti? Onde está a lógica nessas despedidas e por que, eu me pergunto, ficam em mim esses pedaços de caco de vidro colorido...?Pedaços de imagens de vitral de futuros e presentes que agora não são mais. As vezes eu me acho tão estúpida. E o que eu faço com o amor que tenho por dentro? Onde coloco ele? No próximo homem? Pra que? Por mais da mesma história...Alguns meses bem até tudo começar a ir mal e eu voltar pro mesmo lugar lugar que estou agora. Sentada na minha cama sozinha escrevendo num caderno.
Mas no fim o que me deixa acordada a noite é a pergunta qie rola pela cabeça, arranhando meu crânio, berrando de dentro do meu ouvido. O que eu faço com esse amor todo que eu tenho? Será que devo ir buscar alguém em Paraty...ou ligar prum amor de bar? Talvez ficar bêbada e ligar pra um amor antigo (que provavelmente vai estar com outra garota).
Acho que amanhã vou parar um homem na rua e pedir pra ele se casar comigo. As chances de dar certo são mesmas...
08/08
 

Bebendo sob um céu indiferente



Tem um bilhão de estrelas em cima de mim mas eu não vejo nada.Só o preto/azul-escuro que cobre a Lapa como um cobertor. As luzes ofuscam e agora provavelmente tem um microorganismo pensando a mesma coisa que eu. Não vejo nada...é tudo breu. E um bilhão de estrelas brilham em cima de mim. Alheias a minha presença.

29/07

Sol na praia

O Sol passa através da minha pele
E meus pés cavam na areia
Me ligando mais na terra
Estendo os braços para o céu
E viro uma ponte.

14/07