terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sobre coisas tristes

Acabou-se a abertura
A tranquilidade
Presente de certa forma
Mas sempre passageira
Se esvaiu em
Lagrimas de chumbo
Que pesam
Enquanto escorrem
Junto com coisas mortas
Que eram belas
Mas que por falta de alguma coisa
Não sei bem o que
Morreram antes de florescer
Gotas grossas permanescem a escorrer
Dão continuidade
A uma torrente
Que enche o quarto
subindo em mar
cubrindo todas as
Superfícies
Agora encharcadas
Travesseiro virou esponja
E a cama funda
vira leito submerso
Para afogar o que há por dentro
Ou se afogar tentando.

Gabriela Tavares
10/01/2011 - 02:30

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