Gosto mesmo é dessas auto-indulgências criminosas
Dos momentos-bisturi
Que parecem tão inocentes
E brancos.
Da esquina que eu não virei
Da rua errada que eu peguei
E todas as outras.
Tá vendo minha mão?
Meu braço?
O mundo não pegou fogo ainda
E olha que eu nem bebi hoje.
Onde estão minhas pernas?
Pra onde foi meu corpo?
Acho que nos separamos quando virei a esquina
E agora fico aqui
Flutuando
Sem tato e cega
A luz é clara de mais
E eu sem minhas pálpebras.
Desconectada
Separada sempre dos meus desejos
Que brotam do chão.
Olha pra mim!
Você tá me vendo?
A carne é dormente mas eu estou aqui.
Tá me ouvindo?
Porque eu tô gritando
Mas não acho a minha garganta
Minha língua se perdeu na Lapa.
Agora, o branco se foi
O desejo é vermelho.
18/03/12
filha, to te procurando a um século.. me add la no msn intheup@live.com ou me liga. bjs. Yro.
ResponderExcluirsua poética da rua avança a passos largos.
ResponderExcluirperfeito Gabi!!!
ResponderExcluir