sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Amour

Abro os olhos e vejo

Minhas garras

arranhando carne quente

Sinto algo se mover

Por debaixo da minha pele

o amor

coberto de sangue e vermelho

ruge

por mais

mais sangue

mais carne

e se meus cortes não são suficientes

ele aumenta a ferida que eu tenho por dentro

me deixa exposta

mais sangue

e o que é o prazer sem o sangue

além de uma recompensa vazia

as vezes eu quero parar

porque machuca

mas o amor não me deixa

e mesmo se quisesse me deixar

eu o envolveria com braços e pernas

como faço com os homens

e amarraria ele em mim

porque enquanto ele me consome

me comendo aos poucos

eu como ele também.



23/09
 

Meio que inspirada na música Amour Amour do Rammstein e em todos os desejos violentos que nós carregamos por dentro

Nenhum comentário:

Postar um comentário