Abro os olhos e vejo
Minhas garras
arranhando carne quente
Sinto algo se mover
Por debaixo da minha pele
o amor
coberto de sangue e vermelho
ruge
por mais
mais sangue
mais carne
e se meus cortes não são suficientes
ele aumenta a ferida que eu tenho por dentro
me deixa exposta
mais sangue
e o que é o prazer sem o sangue
além de uma recompensa vazia
as vezes eu quero parar
porque machuca
mas o amor não me deixa
e mesmo se quisesse me deixar
eu o envolveria com braços e pernas
como faço com os homens
e amarraria ele em mim
porque enquanto ele me consome
me comendo aos poucos
eu como ele também.
23/09
Meio que inspirada na música Amour Amour do Rammstein e em todos os desejos violentos que nós carregamos por dentro
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