terça-feira, 23 de agosto de 2011

Poemas esquecidos no celular 1

A aurora se aproxima
E mais uma vez
Insone
A noite amada se transforma em dia
Mais uma noite dedicada
Ao trabalhoso ato de te conhecer
E de me fazer conhecer por você
Meu amor
Em todas as minhas fraquezas
Que misturadas com as suas
Se tornam a força que sempre
Nos empurra
Um ao encontro do outro.
10/01



Atividade que não passa
Em noites febris
Onde ardia
Minha alma
De ira
Mágoa
Aceitação
É assim quando se ama.
11/01



Silêncio
Que explode em meus ouvidos
Emudesse minha boca
Além de qualquer tentativa
De som
Meus olhos mortos são janelas para o infinito
Vácuo do negrume de uma alma esvasiada
Conscientemente
Por um não poder sentir
Laços com a realidade cortados
Remendados
Ao mesmo tempo
Que mortos
Meus olhos se erguem
Para olhar os seus.
11/01



E o que sobra da noite na praia?
Do céu nublado com rasgos de lua?
se tivesse que dizer
Diria
Que o que sobrou foram os dois amantes
se beijaram naquela praia
debaixo daquele céu
e se as estrelas não foram testemunhas
Que culpem as nuvens
pois a lua viu
e também viram essas nuvens egoistas.
Aonde foram os amantes?
18/01

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