sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Aluando



Quando a Lua enche
Me faz também plena
Tal qual sua branca superfície
Minha pele alva e marcada se dilata e se incendeia
Não consigo mais caber em mim
De tão cheia.
E depois que escorre de mim um rio fértil
Fogo corre pelo meu corpo acima
Meu andar vira felino
Minha boca se enche d'água
Meu olhar se enche de promessas
E em minha voz ecoam convites
Tudo que há em mim exala
Um cheiro doce de pecado velado
Hoje, sinto esse momento se aproximar
Sorrateiro.
Ofego,
Cheia de expectativa
Espero que você apareça
Antes d'eu explodir.

Gabriela Tavares
27/08/2010 - 17:30

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